<font color=0093dd>Autarquia é motor de desenvolvimento</font>
«Se estivéssemos à espera que as coisas nos viessem parar às mãos, o Sobral seria o mesmo de há 30 anos atrás», afirmou António Bogalho, presidente da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço, em conversa com o Avante!.
A expressão, dita em jeito de desabafo, confirma que ao longo de mais de duas décadas tem sido a CDU o motor do desenvolvimento e requalificação local, contribuindo com a fatia mais significativa para a melhoria das condições de vida das populações.
Por isso, o balanço dos últimos quatro anos de mandato não pode ser apurado sem ter em conta o trabalho contínuo, cuja perspectiva de servir o concelho, de uma forma organizada, potenciando o seu engrandecimento e desenvolvimento, foi possível observar na visita que efectuámos com camaradas e amigos que sentem uma imensa ternura pela sua terra e pelas suas gentes.
Mais que um qualquer «segredo» para os sucessos eleitorais, conta-nos António Bogalho, o que realmente pesa na confiança renovada pelos sobralences, mandato após mandato, «é que fazemos o que está mais perto, o que é mais sentido, e com o que as populações mais se identificam e preocupam. Os eleitos da CDU no concelho do Sobral não fazem promessa vãs, mas quando chegam ao fim dos mandatos têm obra feita para mostrar. Não estamos preocupados em cortar fitas, assim que um equipamento se encontra concluído o importante é ser colocado ao serviço das populações. São elas que o utilizam, portanto são elas que o devem inaugurar».
A abnegação e vontade de fazer mais e melhor é traduzida pelo candidato da CDU às próximas eleições autárquicas como «uma postura de teimosia saudável», explicando que «essa tem sido a nossa conduta no poder local, não só no Sobral como no resto do País. Continuaremos a trilhar esse caminho e, sempre que necessário, insistimos em reivindicar aquilo que entendemos que são os nossos direitos».
Amiúde, sobressaem exemplos da capacidade de execução da autarquia, não raras vezes fazendo face «aquilo que é da responsabilidade de terceiros, da administração central», continuou.
A construção do novo quartel de bombeiros - que entrou ao serviço em Dezembro do ano passado - ou a exigência de um novo quartel da GNR, prometido há anos, são exemplos que ilustram as palavras do presidente da Câmara.
Relativamente a este último caso, António Bogalho sublinha que «já foi disponibilizado o terreno, o projecto está feito, mas o governo anterior pura e simplesmente anulou o concurso, o que quer dizer que como entretanto tinham sido feitas obras de adaptação nas instalações provisórias, ainda pensam mantê-las como definitivas».
Se a dois meses e meio das eleições autárquicas importa fazer o balanço do trabalho realizado pelos municípios, torna-se igualmente importante apontar o dedo à política de direita que tem (des)governado o País com graves e negativas consequências no combate às assimetrias regionais e desenvolvimento local. Neste contexto, concluí António Bogalho, «verificámos que estando o Sobral a escassas dezenas de quilómetros de Lisboa, parece que está a milhares! Quando é para pagar estamos aqui perto, quando é para retribuírem encontramo-nos muito longe».
Prioridade à educação
As mais de 80 aldeias do concelho são abastecidas por água e saneamento, sinal de que a obra feita nesta matéria no Sobral de Monte Agraço dá o exemplo para outros concelhos, de outras cores políticas, que insistem em secundarizar a construção de estruturas como estações elevatórias e condutas adequadas às necessidades das populações. Neste ponto residiu uma das principais prioridades da CDU nos mandatos autárquicos um pouco por todo o País, por isso os concelhos de gestão comunista apresentam os mais elevados padrões de desenvolvimento nesta área.
Apesar de continuarem a ser canalizados no concelho avultados investimentos nos sistemas de água e saneamento, outras prioridades foram sendo definidas e executadas.
Uma das referências fundamentais da acção da CDU em Sobral tem sido a educação e formação, dos jovens e dos menos jovens.
No percurso da nossa visita, encontrámos uma exposição de trabalhos efectuados por alunos do ensino recorrente; passámos por escolas, jardins de infância e parques infantis remodelados e equipados por iniciativa camarária; ficámos a saber que, como aposta no futuro, a autarquia desdobra-se financeiramente para ajudar os alunos universitários do concelho através da atribuição de bolsas anuais.
A preocupação é antiga, sublinha o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal, «até porque qualquer destas escolas não existia, os alunos tinham de ir estudar para fora do concelho, onde nem sequer havia ensino secundário. Tudo isto foi trabalho nosso, foram contribuições nossas, naturalmente que em parcerias, mas foi sempre a Câmara Municipal o grande motor para alcançar esses objectivos», afirma.
Confirmados os resultados desta aposta na educação, António Bogalho explica que, paralelamente, estão «sempre presentes outro tipo de iniciativas tão importantes na formação de um ser humano como a construção de novas escolas, como os projectos da nova biblioteca municipal, do espaço Internet, da galeria municipal ou de um auditório municipal, equipamentos complementares que funcionam como mais-valias para os nossos jovens, para os homens e mulheres de amanhã».
Ainda em fase de conclusão, encontram-se outras obras consideradas prioridades fundamentais.
«O Cine-Teatro está neste momento a ser recuperado e na freguesia da Sapataria está a nascer uma biblioteca que funcionará da mesma forma, um espaço com várias valências. Pensamos que ainda no decorrer deste ano possa ser colocado ao serviço dos nossos munícipes, o que reflecte que neste contexto temos vindo a fazer um bom trabalho cujo testemunho é a qualidade de vida das nossas populações», destacou António Bogalho.
Fruir o desporto, o lazer e cuidar da saúde
Circundada por um rico património ambiental, a Vila de Sobral de Monte Agraço oferece hoje aos seus habitantes e a todos os que a visitam um conjunto de iniciativas e estruturas que permitem gozar a natureza e o desporto.
Para além dos recintos desportivos descentralizados feitos pela autarquia – na sede do concelho, ou nas freguesias de São Quintino e Sapataria - do arranjo dos caminhos e percursos pedestres entre montes e outeiros, António Bogalho fala-nos com orgulho do «complexo de piscinas municipais, obra que concluímos neste mandato e que nos enche de satisfação, porquanto permite afirmar que o conjunto de equipamentos que o Sobral tem hoje só pode ser comparado com concelhos de maior dimensão do que o nosso».
«Basta dizer que todos os nossos jovens do 1.º ciclo estão a praticar actividade física num equipamento muito acima da média dos existentes no restante espaço do distrito de Lisboa, mas aqueles que não frequentam o 1.º ciclo também utilizam a piscina e os serviços que oferece sob orientação de técnicos e monitores, do ginásio de fitness e musculação, à sauna e ao jacuzi», disse ainda.
Num concelho que a par do resto do País vê a sua população envelhecer e, inversamente, a qualidade e universalidade dos cuidados de saúde diminuírem a nível nacional, uma das áreas prioritárias de intervenção da Câmara Municipal tem sido precisamente a saúde das populações.
Trazendo as populações para a reivindicação e o protesto, ou em permanente contacto com a direcção do centro de saúde local e com a comissão municipal de apoio à saúde, muito tem sido dinamizado pela autarquia nesta matéria.
«O novo centro de saúde da Sapataria está em construção e vai albergar a extensão local dos serviços», destaca António Bogalho, mas uma das preocupações latentes é, continua o presidente, «a construção de um novo centro de saúde no Sobral. O que existe divide-se em dois espaços físicos, o que só dificulta na medida em que também divide a disponibilidade das pessoas que ali prestam serviço, sendo que a parte para os utentes mais idosos funciona num 1.º e 2.º andares criando dificuldades de acesso. Nessa perspectiva, em 1999, depois de muito diálogo, disponibilizamos um terreno na sede do concelho, que ainda se mantém para a nova unidade de saúde. Temos insistindo, temos feito a tal “teimosia saudável” no sentido de conseguirmos, o mais brevemente possível, a realização de um projecto que já atravessou vários mandatos. De momento, assinámos um contrato programa com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e com o próprio ministério da Saúde no sentido de a Câmara fazer a obra, pagando primeiro e só depois sendo ressarcida do valor investido. É uma situação que nos preocupa porque conhecemos casos em que este tipo de acordo teve um final positivo, mas também sabemos de outros que ficaram por pagar. Todo o processo foi a Tribunal de Contas, já pagámos os emolumentos, todos os documentos estão autorizados e esperamos ainda este ano lançar a primeira pedra do novo centro de saúde».
Quanto a perspectivas e projectos para o futuro, o candidato da CDU deixa bem claro o pulsar que diz atravessar todos os membros das listas da coligação: « o desafio não nos permitiu ficar quietos no passado, assim sabemos reunir condições para continuar o trabalho».
Acessos e economia local
«Na rede viária estivemos sempre desde o primeiro momento na reclamação da construção da auto-estrada. À data era ministro o eng. Ferreira do Amaral que, em campanha autárquica, veio ao Sobral dar os parabéns aos sobralences porque teriam um nó de ligação à auto-estrada. Passadas as eleições, depois de nova vitória da CDU e do nosso projecto de desenvolvimento, a população uniu-se à Câmara para fazer “guerra” e exigir o nó de ligação que permitisse a viagem a Lisboa em pouco mais de meia hora, é que entretanto meteram a promessa na gaveta.»
O exemplo dado por António Bogalho reflecte a incúria e irresponsabilidade dos sucessivos governos na construção de estruturas que promovam o desenvolvimento local.
O presidente da Câmara afirma, no entanto, que «não ficámos parados por aí, a nossa persistência no desenvolvimento desta terra tem-nos levado à exigência da construção do IC11, uma obra significativa porquanto nos pode ligar tanto para Sul, a caminho de Lisboa, quer para o Norte, via Carregado. Da mesma forma temos investido fortemente na repavimentação e requalificação de quilómetros de estradas entre as diversas freguesias e localidades e, muito importante, anima-nos outro projecto: Neste momento está a ser concluída a variante a Pero Negro, que liga a A8 à estrada regional 374, que vem de Loures até Torres Vedras, via Dois Portos, permitindo retirar de dentro da localidade de Pero Negro, cheia de vida e património histórico, o transito de pesados. Entretanto já apresentamos um outro projecto de ligação dessa variante ao Sobral, a sede do concelho, portanto é mais uma via que consideramos oportuna para promover o progresso desta terra».
Apostando fundo no desenvolvimento e fixação de trabalho, a Câmara disponibilizou um gabinete de orientação para o emprego e um parque de fixação de empresas, estruturas de apoio às quais se juntam «outros parques perspectivados quer para a zona da Saramena, quer para a própria zona de Pero Negro», revela António Bogalho.
Um sector fundamental que tem merecido igual atenção da autarquia é a agricultura.
Nesse aspecto, o concelho divide-se em duas vertentes, uma ligada à produção de hortofrutícolas, que se mantém de tal forma importante que António Bogalho assegura que «uma parte significativa da freguesia da Sapataria é a horta de Lisboa, donde saem muitos produtos que abastecem as populações da capital».
«Noutra vertente, na freguesia de São Quintino – continua - a maior do concelho em área geográfica, a vinha ainda hoje é uma realidade. Há uns anos houve uma mudança da vinha tradicional para os híbridos. Foi um desastre, os agricultores ficaram seriamente prejudicados. Felizmente, nos últimos três anos, inverteu-se o processo e regressou-se ao cultivo da vinha de qualidade. Já se nota a diferença daí resultante, mas mantemos uma preocupação: o valor de comercialização do vinho produzido em Sobral é muito diferente daquele que os produtores recebem, o que não ajuda à sustentação dessa vertente da economia local», lamentou.
Promover a cultura e valorizar o património
A oferta cultural regular, descentralizada, democrática, de qualidade, são marcas distintivas da gestão CDU nas autarquias.
Em Sobral de Monte Agraço, mais uma vez, se reforça esta afirmação.
Como explicou António Bogalho, «há 12 anos que promovemos exposições regulares e podemos dizer que o Sobral serviu de bitola para iniciativas homólogas nos concelhos vizinhos».
A recuperação do Cine-Teatro, a construção do auditório e das bibliotecas são projectos já referenciados, mas a irreverência e criatividade da equipa da CDU no concelho ambiciona mais.
Entusiasmado com a perspectiva de concretização dos novos projectos, António Bogalho fala das cerca de «40 colectividades no concelho, que só são apoiadas a nível financeiro pela Câmara e pelas juntas de freguesia. De vez em quando o governo “dá uns tostões”, mas escolhe as associações “a dedo”. Nesse contexto vamos iniciar uma casa multiusos para as acolher».
Mas a valorização do património cultural e histórico local não fica por aqui. «O acervo de documentos que nos esclarecem sobre o nascimento da nossa vila – pertença da família Sobral – incluindo a carta foral, já estiveram expostos e encontram-se em fase de digitalização, o que permitirá não só a sua conservação, como também exibi-los e passar o testemunho e o gosto por esta terra aos que quiserem continuar as sementes lançadas», concluiu confiante o autarca.
Por isso, o balanço dos últimos quatro anos de mandato não pode ser apurado sem ter em conta o trabalho contínuo, cuja perspectiva de servir o concelho, de uma forma organizada, potenciando o seu engrandecimento e desenvolvimento, foi possível observar na visita que efectuámos com camaradas e amigos que sentem uma imensa ternura pela sua terra e pelas suas gentes.
Mais que um qualquer «segredo» para os sucessos eleitorais, conta-nos António Bogalho, o que realmente pesa na confiança renovada pelos sobralences, mandato após mandato, «é que fazemos o que está mais perto, o que é mais sentido, e com o que as populações mais se identificam e preocupam. Os eleitos da CDU no concelho do Sobral não fazem promessa vãs, mas quando chegam ao fim dos mandatos têm obra feita para mostrar. Não estamos preocupados em cortar fitas, assim que um equipamento se encontra concluído o importante é ser colocado ao serviço das populações. São elas que o utilizam, portanto são elas que o devem inaugurar».
A abnegação e vontade de fazer mais e melhor é traduzida pelo candidato da CDU às próximas eleições autárquicas como «uma postura de teimosia saudável», explicando que «essa tem sido a nossa conduta no poder local, não só no Sobral como no resto do País. Continuaremos a trilhar esse caminho e, sempre que necessário, insistimos em reivindicar aquilo que entendemos que são os nossos direitos».
Amiúde, sobressaem exemplos da capacidade de execução da autarquia, não raras vezes fazendo face «aquilo que é da responsabilidade de terceiros, da administração central», continuou.
A construção do novo quartel de bombeiros - que entrou ao serviço em Dezembro do ano passado - ou a exigência de um novo quartel da GNR, prometido há anos, são exemplos que ilustram as palavras do presidente da Câmara.
Relativamente a este último caso, António Bogalho sublinha que «já foi disponibilizado o terreno, o projecto está feito, mas o governo anterior pura e simplesmente anulou o concurso, o que quer dizer que como entretanto tinham sido feitas obras de adaptação nas instalações provisórias, ainda pensam mantê-las como definitivas».
Se a dois meses e meio das eleições autárquicas importa fazer o balanço do trabalho realizado pelos municípios, torna-se igualmente importante apontar o dedo à política de direita que tem (des)governado o País com graves e negativas consequências no combate às assimetrias regionais e desenvolvimento local. Neste contexto, concluí António Bogalho, «verificámos que estando o Sobral a escassas dezenas de quilómetros de Lisboa, parece que está a milhares! Quando é para pagar estamos aqui perto, quando é para retribuírem encontramo-nos muito longe».
Prioridade à educação
As mais de 80 aldeias do concelho são abastecidas por água e saneamento, sinal de que a obra feita nesta matéria no Sobral de Monte Agraço dá o exemplo para outros concelhos, de outras cores políticas, que insistem em secundarizar a construção de estruturas como estações elevatórias e condutas adequadas às necessidades das populações. Neste ponto residiu uma das principais prioridades da CDU nos mandatos autárquicos um pouco por todo o País, por isso os concelhos de gestão comunista apresentam os mais elevados padrões de desenvolvimento nesta área.
Apesar de continuarem a ser canalizados no concelho avultados investimentos nos sistemas de água e saneamento, outras prioridades foram sendo definidas e executadas.
Uma das referências fundamentais da acção da CDU em Sobral tem sido a educação e formação, dos jovens e dos menos jovens.
No percurso da nossa visita, encontrámos uma exposição de trabalhos efectuados por alunos do ensino recorrente; passámos por escolas, jardins de infância e parques infantis remodelados e equipados por iniciativa camarária; ficámos a saber que, como aposta no futuro, a autarquia desdobra-se financeiramente para ajudar os alunos universitários do concelho através da atribuição de bolsas anuais.
A preocupação é antiga, sublinha o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal, «até porque qualquer destas escolas não existia, os alunos tinham de ir estudar para fora do concelho, onde nem sequer havia ensino secundário. Tudo isto foi trabalho nosso, foram contribuições nossas, naturalmente que em parcerias, mas foi sempre a Câmara Municipal o grande motor para alcançar esses objectivos», afirma.
Confirmados os resultados desta aposta na educação, António Bogalho explica que, paralelamente, estão «sempre presentes outro tipo de iniciativas tão importantes na formação de um ser humano como a construção de novas escolas, como os projectos da nova biblioteca municipal, do espaço Internet, da galeria municipal ou de um auditório municipal, equipamentos complementares que funcionam como mais-valias para os nossos jovens, para os homens e mulheres de amanhã».
Ainda em fase de conclusão, encontram-se outras obras consideradas prioridades fundamentais.
«O Cine-Teatro está neste momento a ser recuperado e na freguesia da Sapataria está a nascer uma biblioteca que funcionará da mesma forma, um espaço com várias valências. Pensamos que ainda no decorrer deste ano possa ser colocado ao serviço dos nossos munícipes, o que reflecte que neste contexto temos vindo a fazer um bom trabalho cujo testemunho é a qualidade de vida das nossas populações», destacou António Bogalho.
Fruir o desporto, o lazer e cuidar da saúde
Circundada por um rico património ambiental, a Vila de Sobral de Monte Agraço oferece hoje aos seus habitantes e a todos os que a visitam um conjunto de iniciativas e estruturas que permitem gozar a natureza e o desporto.
Para além dos recintos desportivos descentralizados feitos pela autarquia – na sede do concelho, ou nas freguesias de São Quintino e Sapataria - do arranjo dos caminhos e percursos pedestres entre montes e outeiros, António Bogalho fala-nos com orgulho do «complexo de piscinas municipais, obra que concluímos neste mandato e que nos enche de satisfação, porquanto permite afirmar que o conjunto de equipamentos que o Sobral tem hoje só pode ser comparado com concelhos de maior dimensão do que o nosso».
«Basta dizer que todos os nossos jovens do 1.º ciclo estão a praticar actividade física num equipamento muito acima da média dos existentes no restante espaço do distrito de Lisboa, mas aqueles que não frequentam o 1.º ciclo também utilizam a piscina e os serviços que oferece sob orientação de técnicos e monitores, do ginásio de fitness e musculação, à sauna e ao jacuzi», disse ainda.
Num concelho que a par do resto do País vê a sua população envelhecer e, inversamente, a qualidade e universalidade dos cuidados de saúde diminuírem a nível nacional, uma das áreas prioritárias de intervenção da Câmara Municipal tem sido precisamente a saúde das populações.
Trazendo as populações para a reivindicação e o protesto, ou em permanente contacto com a direcção do centro de saúde local e com a comissão municipal de apoio à saúde, muito tem sido dinamizado pela autarquia nesta matéria.
«O novo centro de saúde da Sapataria está em construção e vai albergar a extensão local dos serviços», destaca António Bogalho, mas uma das preocupações latentes é, continua o presidente, «a construção de um novo centro de saúde no Sobral. O que existe divide-se em dois espaços físicos, o que só dificulta na medida em que também divide a disponibilidade das pessoas que ali prestam serviço, sendo que a parte para os utentes mais idosos funciona num 1.º e 2.º andares criando dificuldades de acesso. Nessa perspectiva, em 1999, depois de muito diálogo, disponibilizamos um terreno na sede do concelho, que ainda se mantém para a nova unidade de saúde. Temos insistindo, temos feito a tal “teimosia saudável” no sentido de conseguirmos, o mais brevemente possível, a realização de um projecto que já atravessou vários mandatos. De momento, assinámos um contrato programa com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e com o próprio ministério da Saúde no sentido de a Câmara fazer a obra, pagando primeiro e só depois sendo ressarcida do valor investido. É uma situação que nos preocupa porque conhecemos casos em que este tipo de acordo teve um final positivo, mas também sabemos de outros que ficaram por pagar. Todo o processo foi a Tribunal de Contas, já pagámos os emolumentos, todos os documentos estão autorizados e esperamos ainda este ano lançar a primeira pedra do novo centro de saúde».
Quanto a perspectivas e projectos para o futuro, o candidato da CDU deixa bem claro o pulsar que diz atravessar todos os membros das listas da coligação: « o desafio não nos permitiu ficar quietos no passado, assim sabemos reunir condições para continuar o trabalho».
Acessos e economia local
«Na rede viária estivemos sempre desde o primeiro momento na reclamação da construção da auto-estrada. À data era ministro o eng. Ferreira do Amaral que, em campanha autárquica, veio ao Sobral dar os parabéns aos sobralences porque teriam um nó de ligação à auto-estrada. Passadas as eleições, depois de nova vitória da CDU e do nosso projecto de desenvolvimento, a população uniu-se à Câmara para fazer “guerra” e exigir o nó de ligação que permitisse a viagem a Lisboa em pouco mais de meia hora, é que entretanto meteram a promessa na gaveta.»
O exemplo dado por António Bogalho reflecte a incúria e irresponsabilidade dos sucessivos governos na construção de estruturas que promovam o desenvolvimento local.
O presidente da Câmara afirma, no entanto, que «não ficámos parados por aí, a nossa persistência no desenvolvimento desta terra tem-nos levado à exigência da construção do IC11, uma obra significativa porquanto nos pode ligar tanto para Sul, a caminho de Lisboa, quer para o Norte, via Carregado. Da mesma forma temos investido fortemente na repavimentação e requalificação de quilómetros de estradas entre as diversas freguesias e localidades e, muito importante, anima-nos outro projecto: Neste momento está a ser concluída a variante a Pero Negro, que liga a A8 à estrada regional 374, que vem de Loures até Torres Vedras, via Dois Portos, permitindo retirar de dentro da localidade de Pero Negro, cheia de vida e património histórico, o transito de pesados. Entretanto já apresentamos um outro projecto de ligação dessa variante ao Sobral, a sede do concelho, portanto é mais uma via que consideramos oportuna para promover o progresso desta terra».
Apostando fundo no desenvolvimento e fixação de trabalho, a Câmara disponibilizou um gabinete de orientação para o emprego e um parque de fixação de empresas, estruturas de apoio às quais se juntam «outros parques perspectivados quer para a zona da Saramena, quer para a própria zona de Pero Negro», revela António Bogalho.
Um sector fundamental que tem merecido igual atenção da autarquia é a agricultura.
Nesse aspecto, o concelho divide-se em duas vertentes, uma ligada à produção de hortofrutícolas, que se mantém de tal forma importante que António Bogalho assegura que «uma parte significativa da freguesia da Sapataria é a horta de Lisboa, donde saem muitos produtos que abastecem as populações da capital».
«Noutra vertente, na freguesia de São Quintino – continua - a maior do concelho em área geográfica, a vinha ainda hoje é uma realidade. Há uns anos houve uma mudança da vinha tradicional para os híbridos. Foi um desastre, os agricultores ficaram seriamente prejudicados. Felizmente, nos últimos três anos, inverteu-se o processo e regressou-se ao cultivo da vinha de qualidade. Já se nota a diferença daí resultante, mas mantemos uma preocupação: o valor de comercialização do vinho produzido em Sobral é muito diferente daquele que os produtores recebem, o que não ajuda à sustentação dessa vertente da economia local», lamentou.
Promover a cultura e valorizar o património
A oferta cultural regular, descentralizada, democrática, de qualidade, são marcas distintivas da gestão CDU nas autarquias.
Em Sobral de Monte Agraço, mais uma vez, se reforça esta afirmação.
Como explicou António Bogalho, «há 12 anos que promovemos exposições regulares e podemos dizer que o Sobral serviu de bitola para iniciativas homólogas nos concelhos vizinhos».
A recuperação do Cine-Teatro, a construção do auditório e das bibliotecas são projectos já referenciados, mas a irreverência e criatividade da equipa da CDU no concelho ambiciona mais.
Entusiasmado com a perspectiva de concretização dos novos projectos, António Bogalho fala das cerca de «40 colectividades no concelho, que só são apoiadas a nível financeiro pela Câmara e pelas juntas de freguesia. De vez em quando o governo “dá uns tostões”, mas escolhe as associações “a dedo”. Nesse contexto vamos iniciar uma casa multiusos para as acolher».
Mas a valorização do património cultural e histórico local não fica por aqui. «O acervo de documentos que nos esclarecem sobre o nascimento da nossa vila – pertença da família Sobral – incluindo a carta foral, já estiveram expostos e encontram-se em fase de digitalização, o que permitirá não só a sua conservação, como também exibi-los e passar o testemunho e o gosto por esta terra aos que quiserem continuar as sementes lançadas», concluiu confiante o autarca.